No Brasil, não há uma produção sis- temática acerca do peso da dimensão étnico-ra- cial na expressão diferenciada dos agravos à saúde. No cotidiano, minorias vivenciam situa- ções de exclusão, marginalidade e discrimina- ção que as colocam em posição de maior vulne- rabilidade frente a agravos à saúde. Neste texto é enfocada, em particular, a situação dos povos indígenas. Coeficientes de morbi-mortalidade mais altos do que os registrados em nível nacio- nal, fome e desnutrição, riscos ocupacionais e violência social são apenas alguns dos múltiplos reflexos sobre a saúde decorrentes da persistên- cia de desigualdades. É importante que sejam realizados esforços no sentido de reverter uma preocupante invisibilidade demográfica e epi- demiológica resultante da ausência de informa- ções confiáveis para as populações indígenas nas bases de dados oficiais. Isso possibilitará compreender melhor a gênese, determinantes e formas de reprodução das desigualdades em saúde no Brasil. Tais conhecimentos são funda- mentais para o embasamento tanto de atuações políticas, inclusive por parte de lideranças indí- genas, como de intervenções com vistas à pro- moção da eqüidade em saúde. Palavras-chave Etnia; Raça; Desigualdade; Saúde; Índios; Brasil
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Serra, G. M. A., Santos, E. M. dos, Leal, V. C. L. V., Catrib, A. M. F., Amorim, R. F. de, Montagner, M. Â., … Coelho, G. (2003). O Padrão Alimentar Ocidental: considerações sobre a mudança de hábitos no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 7(1), 483–492. Retrieved from http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/21/CNSH-DOC-PNAISH---Principios-e-Diretrizes.pdf
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