Identificar a intenção do indivíduo em adotar um novo comportamento é uma importante estratégia para melhor compreensão do comportamento relacionado à atividade física. Portanto, este estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática sobre os estudos que investigaram estimativas e/ou fatores associados aos estágios de mudança de comportamento para atividade física (EMC), baseados no Modelo Transteorético, em adolescentes. A busca foi realizada em cinco bases de dados (Medline/Pubmed, Sports Discus, Lilacs, PsycInfo e Google Acadêmico), com termos correspondentes aos estágios de mudança de comportamento, atividade física e adolescente (15 a 19 anos de idade), incluindo artigos publicados de 2003 a 2013. Dos 22 estudos analisados, verificou-se que grande parte deles não utilizaram amostras randomizadas (64,0%) e representativas (59,0%) da população de estudo, e analisaram os EMC de forma agrupada (50,0%). Observou-se maior prevalência de adolescentes no estágio de manutenção, com valores variando de 26,9% a 54,9%, e o estágio com menor prevalência foi o de pré-contemplação (de 0% a 20%). Nas moças, a prevalência diminuiu conforme o avançar nos estágios e observou-se situação oposta entre os rapazes. Houve associação negativa entre EMC com estado nutricional e percepção de barreiras. Foi encontrada associação positiva entre EMC com prática de atividade física, auto-eficácia, suporte social, percepção de benefícios e balança decisional. Os resultados sugerem diferenças entre sexos para os EMC e associações positivas substanciais entre variáveis psicossociais, de prática de atividade física e EMC em adolescentes.
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Silva, J., & Silva, K. (2015). Estágios de mudança de comportamento para atividade física em adolescentes: revisão sistemática. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 20(3), 214. https://doi.org/10.12820/rbafs.v.20n3p145
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