O crescimento médio anual de produção de papel no Brasil faz com que a produção do licor negro (subproduto do processo Kraft) aumente consideravelmente, o que se desdobra no desperdício de combustíveis e reagentes, uma vez que o licor negro não é reaproveitado em sua totalidade pelas indústrias papeleiras. Além disso, devido a sua toxicidade este subproduto pode proporcionar danos à saúde dos seres vivos, bem como propiciar poluição ao meio ambiente. Dessa forma, com o intuito de reaproveitar esta substância, pretende-se extrair a lignina presente no licor negro para adsorver íons de metais pesados. Esse objetivo vem a contribuir com dois caminhos atrelados à métodos sustentáveis de reaproveitamento de subprodutos da indústria química, dando-nos maior potencial econômico e tratando efluentes. Foram executados os métodos de caracterização: volumetria de complexação, espectroscopia UV-Vis, infravermelho, MEV e construídas isotermas de adsorção. A análise volumétrica mostrou um potencial adsortivo de 76,89% em 15 minutos do íon Zn2+ por parte da lignina carbonizada. As imagens do MEV evidenciaram uma estrutura de material poroso, com uma série de interstícios e fraturas superficiais. A análise do infravermelho corroborou em elucidar os diferentes grupos funcionais da estrutura da lignina carbonizada tonificando o potencial de adsorção da mesma.
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De Oliveira, C. P. M., Pimenta, G. H. A., Silva, M. R., Ramos, M. M. M., Siqueira, M. D. C., & Da Fonseca, Y. A. (2018). Extração da lignina presente no licor negro para adsorção de íons de metais pesados. Percurso Acadêmico, 7(14), 468–482. https://doi.org/10.5752/p.2236-0603.2017v7n14p468-482
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