O objetivo do presente artigo é proceder a uma análise dos livros de literatura infantil Cinderela Surda e Rapunzel Surda, focalizando os sentidos produzidos sobre identidades e diferenças. As análises desses livros pretendem contribuir para a discussão da produção de uma literatura surda, que está vinculada às discussões sobre cultura e identidade. Na investigação desses materiais, os textos e as imagens produzidas evidenciam que os autores buscam o caminho da auto-representação do grupo de surdos, através da luta pelo estabelecimento do que reconhecem como suas identidades e suas diferenças. Tais evidências estão no uso da língua de sinais, em suas formas de narrar as histórias e/ou de adaptar histórias clássicas, tendo como base suas formas de existência, suas formas de ler, traduzir, conceber e julgar os produtos culturais que consomem e que produzem.
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Karnopp, L. B. (2008). Literatura Surda. ETD - Educação Temática Digital, 7(2), 98. https://doi.org/10.20396/etd.v7i2.795
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