A concepção atual de saúde refere-se a um conceito mais amplo de condições do que a ausência de doença. Esse conceito destaca a importância de um cuidado em saúde que possa levar em consideração não apenas os sintomas apresentados pelas pessoas. Porém, o modelo de atenção à saúde vigente é um modelo centrado na figura do médico, na doença como foco das intervenções e no uso excessivo de medicamentos. Este artigo propõe reflexões acerca de como o médico passou a ocupar papel central na modernidade e ganhou legitimidade para decidir sobre o valor das vidas humanas. Primeiramente serão feitas considerações sobre o nascimento da biopolítica, a partir das contribuições de Michel Foucault, seguindo com a relação entre medicina, vida nua e poder soberano, a partir das reflexões propostas por Giorgio Agamben. Por fim, serão apresentadas considerações sobre a medicalização da vida, a partir das contribuições de João Biehl.
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Lovatto Ribeiro, A. C., & Ferla, A. A. (2016). Como médicos tornaram-se deuses: reflexões acerca do poder médico na atualidade. Psicologia Em Revista, 22(2), 294. https://doi.org/10.5752/p.1678-9523.2016v22n2p294
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