Frente ao contexto crítico da pandemia do COVID-19 e de seus efeitos nas práticas educacionais, este artigo pretende recuperar aspectos fundamentais da experiência escolar. Ele estabelece uma compreensão da escola como um espaço e um tempo de transição entre os âmbitos privado e público; como forma de separação da ordem produtiva e como anteparo ao universo familiar. A partir dessas definições, o texto assinala que a diluição das fronteiras entre casa e mundo dificulta que a escola venha a operar como um tempo-espaço de alternância em relação à família. E, tendo em vista as restrições ocasionadas pelo necessário distanciamento social, interroga-se sobre possíveis consequências da virtualidade imposta pelas práticas do ensino remoto, principalmente no que tange ao risco de uma domesticação da escola.
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Klinko, J., & Carvalho, J. S. F. de. (2021). Escola remota: como resistir à domesticação da experiência escolar? Estilos Da Clinica, 26(1), 58–67. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i1p58-67
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