OBJETIVO: Apresentar uma revisão atualizada e prática sobre como efetuar de forma segura a retirada da corticoterapia. FONTES DOS DADOS: Revisão da literatura utilizando os bancos de dados MEDLINE e LILACS (1997-2007), selecionando os artigos mais atuais e representativos do tema. SÍNTESE DOS DADOS: Três situações clínicas podem ocorrer durante a retirada da corticoterapia prolongada: insuficiência adrenal secundária à supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, síndrome de retirada ou deprivação dos corticóides e reativação da doença de base. Embora não exista consenso sobre o melhor esquema para descontinuar a terapia prolongada com corticóides, existe concordância quanto ao fato desta retirada ser gradual. Este artigo atualiza o pediatra quanto ao reconhecimento desses problemas e fornece orientações para a suspensão do tratamento prolongado com corticóide. Uma breve revisão da farmacologia dos corticóides também é descrita. CONCLUSÃO: Não existe teste com bom valor preditivo para antecipar o risco de insuficiência adrenal nos pacientes que receberam terapia crônica com corticóide. São necessários estudos prospectivos para avaliar a real incidência desse problema e assim propor estratégias racionais para sua prevenção. No momento, a menos que a integridade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal esteja estabelecida por testes dinâmicos, recomenda-se a administração de corticóide em situações de estresse nos pacientes que fizeram uso de corticoterapia crônica e/ou em doses elevadas.^ipt
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Alves, C., Robazzi, T. C. V., & Mendonça, M. (2008). Retirada da corticoterapia: recomendações para a prática clínica. Jornal de Pediatria, 84(3). https://doi.org/10.1590/s0021-75572008000300003
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