A poluição atmosférica é responsável por diversos efeitos prejudiciais nos ecossistemas e na saúde humana. As substâncias usualmente consideradas poluentes do ar podem ser classificadas como: compostos de enxofre (SO 2 , SO 3 , H 2 S, sulfetos); compostos de nitrogênio (NO, NO 2 , NH 3 , HNO 3 , nitratos); compostos orgânicos de carbono (hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas e ácidos orgânicos); monóxido de carbono e dióxido de carbono; compostos halogenados (HCL, HF, cloretos, fluoretos); material particulado (mistura de compostos no estado sólido ou líquido). Usualmente são utilizados sofisticados métodos físico-químicos convencionais para monitoramento, que requerem custos elevados de implantação, operação e manutenção, custos estes, que podem ser minimizados pela adoção de metodologia complementar de biomonitoramento, que é um método experimental que permite avaliar a resposta de organismos vivos à poluição. O biomonitoramento oferece vantagens como custos reduzidos, eficiência para o monitoramento de áreas amplas e por longos períodos de tempo e, também, avaliação de elementos químicos em baixas concentrações ambientais. As medidas e registros efetuados por redes convencionais de monitoramento da qualidade do ar permitem verificar se normas e limites estabelecidos ou recomendados pela legislação. Entretanto, tais medições não permitem conclusões imediatas sobre as conseqüências de poluentes nos seres vivos. Assim o biomonitoramento deve ser considerado como um método complementar na análise de poluentes. O presente trabalho teve por objetivo identificar por meio de revisão de literatura espécies vegetais dos grupos, angiospermas, briófitas e liquens, utilizadas como bioindicadoras no Brasil, para contribuir com o conhecimento, apresentando informações sobre a utilização de vegetais no biomonitoramento da poluição atmosférica. Os resultados obtidos nesta investigação revelaram a existência de uma grande diversidade de espécies utilizadas em ensaios, destacando-se a Nicotina tabacum, no monitoramento de O 3 ; Tradescantia pallida, de substâncias genotóxicas; Tibouchina pulchra, Gladíolus sp., Citrus sinensis, Spondias dulcis e Panicum maximum, no monitoramento de F; Tillandsia usneoides, no monitoramento de metais pesados e partículas poluentes do ar; Daucus carta e Brassica rapa, no monitoramento de SO 2 ; e Sphagnum sp, de metais, entre eles o cobre e o arsênio. ABSTRACT The atmospheric pollution is responsable for several prejudicial effects over the ecosystem and the human health. The substances usually considered as air pollutants can be classified as: sulfur compostes (SO 2 , SO 3 , H 2 S, sulfetos); nitrogen compostes (NO, NO 2 , NH 3 , HNO 3 , nitratos); organic carbone compostes (hidrocarbonetos, alcohols, aldeídos, cetonas and organic acids); carbon monoxide and carbon dioxide; halogenado compostes (HCL, HF, cloretos, fluoretos); particle material (compostes of solids or liquids mixtures). Conventional and sophisticated physical-chemical methods are generally used for monitoring, which requires high costs for implantation, operation and maintenance. These
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Aquino, S. M. de F., Almeida, J. R. de, Cunha, R. R. R. S. B., & Lins, G. A. (2011). BIOINDICADORES VEGETAIS: UMA ALTERNATIVA PARA MONITORAR A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA. Revista Internacional de Ciências, 1(1). https://doi.org/10.12957/ric.2011.3629
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