A hipoxemia encontrada na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) deve-se a alterações de ventilação/perfusão, então oferecer uma fração inspiratória de oxigênio maior é a solução encontrada. Entretanto, embora aumente a sobrevida, o uso prolongado do oxigênio diminui a independência do indivíduo, e estudar o impacto dessa intervenção na qualidade de vida (QV) desses pacientes é muito importante para a indicação na prática clínica. Objetivo: Identificar as implicações do uso da oxigenoterapia domiciliar na QV do DPOC. Material e métodos: Realizado o levantamento de artigos científicos nas bases de dados Pubmed, Lilacs e Scielo, com a string: "(COPD) AND (Oxygen therapy) AND (quality of life)", sendo incluídos ensaios clínicos randomizados, quasi randomizados, e observacionais, nos idiomas inglês e português, publicados de 2000 a 2017. Resultados: Nove estudos foram inseridos, sendo três ensaios clínicos randomizados e controlados. Apenas um estudo identificou melhora na QV, dois não encontraram diferença entre os grupos e quatro apresentaram piores escores com a oxigenoterapia. Dois estudos avaliaram a influência do tipo de dispositivo na QV. Conclusão: A oxigenoterapia parece piorar a qualidade de vida dos pacientes com DPOC. Porém, poucos foram os estudos encontrados e nem todos com o melhor desenho experimental, o que prejudica a confirmação dos resultados.Palavras-chave: doença pulmonar obstrutiva crônica, oxigenoterapia, qualidade de vida.
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Alves, N. C., Basso-Vanelli, R. P., Regueiro, E. M. G., & Durand, M. de T. (2018). Repercussão da oxigenoterapia domiciliar na qualidade de vida de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Fisioterapia Brasil, 19(4), 568–576. https://doi.org/10.33233/fb.v19i4.1994
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