O artigo procura demonstrar que os meios de comunicação de massa constituem mecanismos de poder que exercem uma função fundamental para a resistência histórica do conservadorismo político no Brasil. Sua contribuição específica é a formulação de uma metodologia baseada na teoria do discurso - teoria pós-estruturalista da comunicação e desconstrução - para contrastar estratégias políticas presentes em manifestos partidários e programas eleitorais na TV. Através desta metodologia a autora demonstra que a mobilização política é dependente de um tipo de discurso secundário ou conotativo. Baseado no marco teórico da teoria do discurso de Derrida e Laclau, o artigo desenvolve a proposição básica de que a mídia eletrônica contribui para uma dinâmica não adversarial na política brasileira mediante o enfraquecimento das possibilidades de construção de fronteiras políticas bem definidas nesta sociedade.
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Carvalho, F. L. (2000). Continuidade e inovação: conservadorismo e política da comunicação no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 15(43), 147–162. https://doi.org/10.1590/s0102-69092000000200008