Este artigo é parte de uma pesquisa mais ampla que analisa os processos sociais e culturais envolvidos na condição da monoparentalidade feminina, enfatizando jornadas exaustivas e responsabilização pela economia dos cuidados e reprodução social da vida. Objetiva-se analisar como as estruturas opressoras patriarcais afetam e refletem nas vivências de mulheres que exercem a maternidade solo. A investigação se deu a partir da seguinte questão: Como a sobrecarga e os estereótipos promovidos pelo patriarcado colonialista, por meio da divisão sexual do trabalho, atingem as mães solo? Ancora-se na abordagem da história oral e autoetnográfica, na pesquisa social-qualitativa bibliográfica e no estudo de campo, sob a perspectiva espistemológica feminista interseccional e decolonial. Constata-se que os empecilhos promovidos por tais estruturas opressoras impedem ou adiam processos emancipatórios e alocam famílias monoparentais femininas em lugares de vulnerabilidade financeira, afetiva e social. Entretanto, apesar destes obstáculos, as mães solo do recorte pesquisado, resistem e lutam pela emancipação financeira, social e emocional.
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Barbosa, C. de F., Oliveira Pires, E., & Di Gregório, M. de F. A. (2023). Mães Solo: Disputas e Embates da Monoparentalidade Feminina na Contemporaneidade. ODEERE, 8(2), 19–40. https://doi.org/10.22481/odeere.v8i2.13341
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