O presente artigo trata do tema Competências Socioemocionais e Educação Escolar. Ampara-se nos estudos provenientes do campo das Políticas Curriculares e visou problematizar o modelo de currículo socioemocional reconhecido como um dos pilares da Educação. O objetivo foi refletir sobre os limites da chamada Pedagogia das Competências propostas pelas reformas educacionais atuais. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por Competências Socioemocionais entende-se o conjunto de habilidades e procedimentos necessários para que o indivíduo desenvolva autoconhecimentos, capacidades de mediar conflitos e solucionar problemas cotidianos. Nessa perspectiva, a Pedagogia das Competências Socioemocionais, em contraposição à educação tradicional, surge como proposta de formação integral: afetiva, cultural, educacional, profissional. Diante do exposto, a partir do referencial teórico frankfurtiano, pretendeu-se analisar os limites da concepção educacional de Competência Socioemocional alinhada à lógica instrumental e empresarial. Partiu-se do seguinte questionamento: por que a escola é chamada a desenvolver capacidades e habilidades teóricas e práticas permeadas pela Pedagogia das Competências Socioemocionais? Concluindo, a partir da perspectiva filosófico-crítica sobre formação cultural (Bildung), apresentou-se como o imperativo econômico na Educação se traduz no que Adorno conceituou de Semiformação (Halbbildung).
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Manfré, A. H. (2021). O conceito de Competências Socioemocionais nas reformas educacionais brasileiras. Série-Estudos - Periódico Do Programa de Pós-Graduação Em Educação Da UCDB, 267–288. https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v26i57.1419
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