Neste artigo, reflete-se sobre o diálogo entre as tecnologias, o currículo, a ética e o compromisso social. Para tanto, pesquisaram-se, nas produções bibliográficas levantadas em bases de dados digitais, teses e dissertações que analisam contextos educacionais e curriculares em que se desenvolvem características do movimento maker. A análise qualitativa dos textos levantados identificou que o movimento maker está em processo de implantação nas escolas e ganha força a partir de uma série de eventos vinculados à educação; além disso, a proposta diferenciada da produção de bens de consumo inspira agora o desenvolvimento de um modelo educacional mais voltado ao fazer dialógico, um refletir sobre a aprendizagem e o compartilhamento de problemas e soluções individuais e sociais, com o uso da tecnologia. Conclui-se que as potencialidades e o valor político-pedagógico dos ambientes maker trazem, para a educação, amplo espaço ao exercício do caráter ético que pode estar subjacente aos projetos. Evidenciou-se como tendência a perspectiva de propor um contínuo replanejamento dos objetivos da aprendizagem alinhando-os com as questões sociais mais amplas inclusive dos desafios de problemáticas sociais mundiais, dos territórios, dos grupos de alunos e da dimensão ética e da política das relações entre eles. O papel de um currículo crítico e da função socioeducativa do professor são fundamentais na montagem desta complexa e delicada equação: tecnologias, currículo, ética e compromisso social.
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Soster, T. S., Almeida, F. J. de, & Silva, M. D. G. M. (2020). EDUCAÇÃO MAKER E COMPROMISSO ÉTICO NA SOCIEDADE DA CULTURA DIGITAL. Revista E-Curriculum, 18(2), 715–738. https://doi.org/10.23925/1809-3876.2020v18i2p715-738
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