Tendo em vista a necessidade ampliação da matriz energética nacional, torna-se premente desenvolver estudos em jazidas carboníferas não exploradas (e.g. Jazida de Morungava), onde pesquisas ulteriores datam da década de 1980. A fonte mineral situa-se no nordeste do Rio Grande do Sul, ocupando uma área de 250 km2 . Para avaliar o potencial da jazida carbonífera (CBM- 001-MO-RS) e sua economicidade, foi realizada a caracterização petrográfica, química e tecnológica das camadas obtidas (num total de seis), com 387,70 m de profundidade, espessura cumulativa de carvão de 9,22 m. Obteve-se um total de 27 amostras, utilizadas à determinação dos seguintes parâmetros: descrição de litotipos do carvão, refletância da vitrinita, contagem de macerais, análises imediatas, poder calorífico superior, enxofre total, difração de raios-X e teste de beneficiamento. O litotipo carvão fosco predomina nas amostras, com um rank variando de carvão betuminoso alto volátil A a antracito. As distintas camadas apresentam progressiva intrusão vulcânica sotoposta. O grupo maceral vitrinita predomina nos carvões na porção inferior, enquanto inertinita predomina na superior. Matéria mineral tende a apresentar acréscimos da base ao topo. Os carvões apresentaram elevados teores de cinza (>50% m.b.s.), matéria volátil (6,04-30,69% m.b.s), enxofre (0,20-2,88% m.b.s.) e poder calorífico superior (777-4.732 Kcal/Kg). Há predomínio mineralógico de quartzo, caulinita, e illita. Muitas das camadas são classificadas como rocha carbonosa (>50% cinza/b.s.). Os ensaios de beneficiamento indicaram baixo rendimento (<7% vol.) na obtenção de produtos nobres.
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SIMÃO, G., & KALKREUTH, W. (2017). O carvão da Jazida de Morungava (RS, Brasil): Caracterização petrográfica, química e tecnológica das camadas de carvão do poço de exploração CBM 001-MO-RS. Pesquisas Em Geociências, 44(2), 323. https://doi.org/10.22456/1807-9806.78277
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