O presente estudo compara a anatomia do lenho de Rudgea viburnoides em duas fisionomias de cerrado. O grupo amostral foi composto de cinco espécimes em cada fisionomia (campo cerrado e campo rupestre). Preparações histológicas e caracterização anatômica seguiram os procedimentos usuais em anatomia da madeira. Diferenças estatisticamente significativas ocorreram entre as populações para atributos dos vasos, fibras e parênquima radial. Cristais prismáticos foram exclusivos no lenho em campo rupestre e tilos em campo cerrado. Em ambas as fisionomias máculas foram encontradas no lenho. O índice de mesomorfia evidenciou que a espécie está adaptada a ambientes secos, enquanto os índices de condutividade e vulnerabilidade mostraram que os espécimes do campo rupestre são mais eficientes na condução hidráulica, porém mais propensão à cavitação. As características anatômicas verificadas no lenho evidenciam variações intraespecíficas distintivas entre as populações estudadas e podem ser interpretadas como respostas adaptativas da espécie à heterogeneidade ambiente das fisionomias de cerrado.
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Melo Júnior, J. C. F., Silva, M. M., & Soffiatti, P. (2016). Anatomia ecológica da madeira de Rudgea viburnoides (Cham.) Benth. (Rubiaceae) em campo cerrado e rupestre. Balduinia, (54), 22. https://doi.org/10.5902/2358198023040
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