Este artigo estuda as violências simbólicas e interpessoais, vivenciadas na sociedade e no trabalho, dirigidas a lésbicas, travestis e transexuais. Contudo, para cumprir seu intento, foi preciso analisar as violências vivenciadas pelos sujeitos da pesquisa em seu contexto social mais amplo, envolvendo aspectos familiares, dentre outros, ampliando-se também a análise para além do trabalho formal. Foram entrevistados sessenta e cinco sujeitos, utilizando-se também a técnica de diário de campo para produção de dados. A análise foi realizada por meio da técnica de Análise Crítica do Discurso (ACD), utilizando-se Fairclough (1992, 1995) como principal referência para análise. Conclui-se que os entrevistados sofrem diversas formas de violência simbólica, fruto das dominações simbólicas que se instauram de forma particular em cada um dos grupos estudados. As violências interpessoais vivenciadas no trabalho têm relações estreitas com as formas de violências simbólicas relacionadas a cada grupo, e ocorrem com maior intensidade contra os travestis, pois estão mais propensos e sujeitos a sofrerem violência interpessoal por meio de agressões físicas, fato que coloca em risco a integridade física e a vida dos travestis.This article studies the interpersonal and symbolic violence experienced at work directed at lesbians, transvestites and transsexuals. However, to accomplish its purpose, we had to analyze the violence experienced by the subjects in their broader social context, involving family issues, among others; extending the analysis beyond the formal work environment. Sixty-five subjects were interviewed, using the field diary technique to produce data. Analysis was performed via Critical Discourse Analysis (CDA), with Fairclough (1992, 1995) adopted as the main approach. We conclude that respondents suffer various forms of symbolic violence, the fruit of symbolic domination, which are established in a particular way in each of the groups studied. The interpersonal violence experienced at work is closely related to the forms of symbolic violence related to each group, and occur with greater intensity for transvestites because they are more likely to suffer from and be subject to interpersonal violence through physical aggression, a fact that puts their physical integrity and l ives at risk.
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Carrieri, A. de P., Souza, E. M. de, & Aguiar, A. R. C. (2014). Trabalho, violência e sexualidade: estudo de lésbicas, travestis e transexuais. Revista de Administração Contemporânea, 18(1), 78–95. https://doi.org/10.1590/s1415-65552014000100006
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