O presente artigo possui a temática da violência de gênero nas universidades brasileiras, que vem ganhando espaço nas discussões e publicações científicas. Tendo a Universidade Federal do Acre (Ufac) e, mais especificamente, o curso de Licenciatura em Educação Física (LEF) como contexto de produção, o objetivo deste estudo é propiciar maior visibilidade ao assunto, analisando o contingente discursivo de base documental e de experiências, o qual compreende os seguintes desdobramentos para violência de gênero - violência física, psicológica, sexual e qualquer tipo de discriminação sociocultural. Como subsídio para as análises, optamos pelo estudo de caso, por se tratar de uma questão emergente na contemporaneidade. Sendo assim, após o contato com os textos acessados (PPC de LEF e registros/ocorrências), notamos um silenciamento concernente à violência de gênero. Tal constatação nos leva a presumir que, na instituição em questão, há a efetivação da naturalização dos discursos heteronormativos da sociedade patriarcal. Isso devido ao processo de apagamento das diferenças de gênero e sexualidades no curso de LEF, demonstrada na ausência de estranhamento nos discursos, quando se referem ao tema, além da falta de acolhimento em relação às ocorrências.
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SILVA, A. C. da, EVANGELISTA, A. P., & PADOVANI, L. Z. (2022). Violência de gênero. Revista Do Instituto de Políticas Públicas de Marília, 8, 83–96. https://doi.org/10.36311/2447-780x.2022.v8esp2.p83
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