"Imediatamente depois do acontecimento que surpreendeu todo o mundo político como um raio caído de um céu sereno, condenado por uns com gritos de indignação moral e aceite por outros como tábua de salvação contra a revolução e como castigo pelos seus extravios, mas contemplado por todos com assombro e por ninguém entendido, imediatamente depois deste acontecimento Marx surgiu com uma exposição breve, epigramática, em que se explicava na sua conexão interna toda a marcha da história francesa desde as jornadas de Fevereiro, se reduzia o milagre de 2 de Dezembro a um resultado natural e necessário desta conexão, e não era necessário tratar o herói do golpe de Estado a não ser com o desprezo que plenamente tinha merecido. E o quadro foi traçado com tanta mestria que cada noca revelação tornada pública desde então nada mais fez do que fornecer novas provas de quão fielmente ele reflecte a realidade. Esta iminente compreensão da história viva do dia-a-dia, esta penetração clara nos aocntecimentos, no próprio momento em que se produzem é, de facto, exemplar. [...]"
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Marx, K. (2016). O 18 DE BRUMÁRIO DE LUÍS BONAPARTE. Germinal: Marxismo e Educação Em Debate, 8(1), 187. https://doi.org/10.9771/gmed.v8i1.17367
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