O clichê: notas para uma derrota do pensamento. Por uma consciência ingênua

  • Brayner F
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Abstract

Em que sentido o clichê, a frase feita e repisada, o jargão - que já há algum tempo invadiram o vocabulário pedagógico - podem representar uma estratégia de refamiliarização com um mundo tornado estranho, em que nossos conceitos deixaram de ser adequados, e passaram a indicar um perigo para o pensamento? Partindo de uma imagem de Camus (Sísifo) e passando pelo exame de Arendt sobre o caso Eichmann, em que o clichê é associado a uma derrota do pensamento, o artigo propõe uma tarefa insólita: um retorno a uma consciência ingênua, não como relação beata e desarmada diante do mundo, e sim como produção de um novo dicionário capaz de vivificar, linguisticamente, a atitude admiração diante das coisas.In which way can the cliché, the ready-made, ceaselesslyrepeated sentence, the jargon - which have invaded pedagogical vocabulary for quite some time already - represent a strategy for being reacquainted to a world turned strange, where our concepts are no longer appropriate, and have become an indication of danger to thought? From Camus' image of Sisyphe through Arendt's examination of the Eichmann's case, where the cliché is associated to a defeat of thought, the article proposes a bizarre task: a return to a naive consciousness, not as a gaping and disarmed relation to the world, but as a production of a new dictionary, capable of livening up, linguistically speaking, a stand of admiration before things.

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Brayner, F. H. A. (2014). O clichê: notas para uma derrota do pensamento. Por uma consciência ingênua. Educação & Realidade, 39(2), 557–572. https://doi.org/10.1590/s2175-62362014000200011

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