Ciência psiquiátrica e política assistencial: a criação do Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil

  • Venâncio A
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Abstract

Este artigo analisa as relações entre ciência psiquiátrica e assistência no Rio de Janeiro em fins dos anos 1930 até meados dos anos 1950. Indica como historicamente ciência e assistência pública psiquiátrica se desenvolveran distintamente na França e na Alemanha. A partir dos exemplos francês e alemão, investiga o contexto brasileiro, partindo do surgimento da psiquiatria no Brasil, com a criação, em 1852, do Hospício de Pedro II, tendo em vista observar os fatores implicados na fundação do Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil (Ipub). Ipub vem expressar no campo psiquiátrico uma nova correlação de forças entre a prestação de uma assistência pública e a produção de uma ciência psiquiátrica brasileira. A partir do final dos anos 1930, a assistência pública e a ciência psiquiátrica no Rio de Janeiro tomavam rumos distintos: a assistência manteve-se hegemonicamente asilar, e a ciência psiquiátrica, institucionalmente autônoma, concentrava-se em pesquisar as doenças mentais na condição de doenças orgânicas.The article analyzes the relations between psychiatric science and social services in Rio de Janeiro from the late 1930s to mid-1950s. The historical development of psychiatric science and social services in France and Germany, each country with its own distinct features, serves as an analytical reference in investigating the Brazilian context, starting with the emergence of psychiatry in Brazil in 1852, when the Hospício Pedro II was founded. In 1938, this asylum was transformed into the University of Brazil's Institute of Psychiatry, bringing the model of German research institutes up to date and reflecting a new correlation of forces between the provision of social services and the production of a Brazilian psychiatric science. At the close of the 1930s, social services and psychiatric science in Rio de Janeiro were taking separate paths: social services still pivoted primarily around asylums while the institutionally autonomous science of psychiatry focused on the research of mental diseases as manifestations of organic illness.

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Venâncio, A. T. A. (2003). Ciência psiquiátrica e política assistencial: a criação do Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 10(3), 883–900. https://doi.org/10.1590/s0104-59702003000300005

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