Avaliar os efeitos das mudanças no uso da terra sobre a biodiversidade se tornou uma questão-chave para conservação das espécies. Para isso, é necessário analisar a configuração e composição da paisagem em que determinada espécie ocorre. O objetivo foi traçar um perfil dos remanescentes florestais de Mata Atlântica localizados no sul da Bahia que apresentam registros atuais e históricos de Crax blumenbachii. Analisaram-se quatorze áreas utilizando diferentes escalas espaciais (escala de mancha, 500 m, 1 e 2 km) para calcular a quilometragem total e a distância mais próxima de estradas e rios até a borda da mancha, porcentagem de área ocupada por: floresta, floresta com cabrucas, pastagem e agricultura; densidade de fragmentos e a proximidade desses fragmentos até a borda de cada mancha, a área ocupada por casas e a distância dessas até a borda da mancha. Selecionou-se a escala de 2 km por melhor descrever a configuração e composição da paisagem. Há dois perfis de áreas com registros de mutum: (1) áreas com paisagens mais florestadas, com mais rios e estradas, pouca pastagem/agricultura e casas próximas, e (2) áreas distantes de casas, com estradas e fragmentos florestais próximos. Estas são caracteristicas de áreas com registros recentes ou históricos de mutum, e não necessariamente refletem qualidade de habitat para a espécie.
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Rios, E., Santos, P. F., & Bernardo, C. S. S. (2018). PERFIL DOS FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA COM REGISTROS DO MUTUM-DO-SUDESTE. Ciência Florestal, 28(4), 1523–1533. https://doi.org/10.5902/1980509835099
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