O objetivo deste artigo é problematizar os perigos que a disseminação das ideias do Movimento Escola Sem Partido (ESP) (im)põe para a Educação, uma vez que elas vêm se capilarizando junto a crescentes segmentos da sociedade, e estão em consonância com aquelas de outros movimentos igualmente conservadores. Tomamos como hipótese que seus pressupostos são fortemente embasados por uma racionalidade fundamentalista cristã, que vem sendo assumida por indivíduos que não estão ligados diretamente a esses grupos religiosos, sinalizando um fenômeno cultural que se expande e que estabelece um regime de verdade cada vez mais consolidado. Também subsidia este Movimento uma orientação política de profundo repúdio à esquerda. Cabe também ressaltar que o ESP está alinhado com um pensamento conservador que vem se consolidando progressivamente não apenas no Brasil, mas também no cenário internacional 1. Na próxima seção, tratamos da emergência da ESP e dos perigos que este Movimento coloca para a docência. Na seção seguinte, problematizamos a relação dos alunos com o ESP. Finalizamos o artigo com algumas considerações finais.
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Santos, R. B. (2017). HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO CAMPO NO BRASIL: O PROTAGONISMO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS. Revista Teias, 18(51). https://doi.org/10.12957/teias.2017.24758