Entendendo-se o Estado enquanto relação de forças, dialogando com a matriz de pensamento de Antonio Gramsci, objetiva-se, neste artigo, investigar parte do processo de formação do “rodoviarismo” no Brasil, historicizando a atuação de agências estatais e agentes sociais, na formulação e execução de políticas de transportes, dos anos 1920 até 1960. O movimento em torno do ideário rodoviarista começou ainda nas duas primeiras décadas do século XX, em disputa com o projeto ferroviário. A produção desse consenso fortaleceu-se por meio de diferentes “aparelhos”: jornais, revistas, instituições de ensino e associações diversas, agregando engenheiros, economistas, políticos, legisladores, empresários etc., que defendiam a opção rodoviária, supostamente mais adaptada às características do país. Tal ideário foi progressivamente transformando-se em senso comum e em diretriz principal da política de transportes nos últimos 50 anos.
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Paula, D. A. de. (2010). Estado, sociedade civil e hegemonia do rodoviarismo no Brasil. Revista Brasileira de História Da Ciência, 3(2), 142–156. https://doi.org/10.53727/rbhc.v3i2.350
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