Este artigo analisou como as relações entre emoções e trabalho, presentes nas falas sobre a assistência social, configuram o sentido de envelhecimento para os profissionais dessa área de atuação em uma instituição de longa permanência para idosos. Articulou-se a abordagem contextualista dos estudos das emoções entremeadas com o processo de constituição subjetiva dos assistentes sociais. Para a coleta de dados foi realizada pesquisa em documentos disponibilizados pela instituição e entrevistas semiestruturadas com a assistente social, duas estagiárias deste segmento profissional e quatro idosos residentes na instituição pesquisada. Os resultados evidenciaram uma polarização entre dois modelos hegemônicos de entendimento da velhice, em que o engajamento emocional atua como a esfera subjetiva que permite a objetivação desse processo de clivagem social. Por meio das análises do engajamento emocional nas atividades de trabalho da assistência social, foram identificadas as práticas organizacionais que reafirmam o modelo de pauperização e de abandono dos idosos na sociedade.
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Locatelli, P. A. P. C., Oliveira, J. S. de, & Cavedon, N. R. (2014). A Construção do Sentido de Envelhecimento para os Assistentes Sociais: uma abordagem contextualista das emoções a partir do cotidiano de trabalho. Revista de Ciências Da Administração, 77–92. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2014v16n38p77
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