Efeitos da fisioterapia aquática na função motora de indiví­duos com paralisia cerebral: ensaio clí­nico randomizado

  • De Araujo L
  • Silva T
  • Oliveira L
  • et al.
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Abstract

Objetivo: Avaliar os efeitos de um protocolo terapêutico para controle de tronco em ambiente aquático e sua repercussão na função motora de indiví­duos com Paralisia Cerebral (PC) diparética espástica, classificados no ní­vel II ou III do GMFCS. Métodos: Trata-se de um ensaio clí­nico randomizado, estratificado e cego. Os participantes foram selecionados por meio de triagem dos prontuários do banco de dados da Clí­nica de PC da instituição. Da triagem de 1.599 prontuários, 20 crianças foram incluí­das e 16 finalizaram o estudo. Os pacientes foram alocados por estratificação pelo ní­vel do GMFCS em grupo controle (GC) que realizou fisioterapia convencional e grupo intervenção (GI) que realizou o protocolo de exercí­cios aquáticos. Ambos os grupos foram submetidos í  avaliação pré e pós-intervenção com os seguintes instrumentos: Gross Motor Function Measurement (GMFM), Trunk Control Measurement Scale (TCMS), Eletromiografia de superfí­cie (EMG) dos músculos reto abdominal e latí­ssimo do dorso, Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6), Timed up and Go (TUG), Escala Visual Analógica (EVA) da marcha, Flexômetro de Wells e Child Health Questionnaire (CHQ) PF-50. Resultados: A amostra apresentou-se homogênea para as análises. Na análise intergrupo observa-se melhora no equilí­brio dinâmico sentado (p = 0,001) e reações de equilí­brio (p=0,015) para o GI, houve melhora da flexibilidade da musculatura posterior do tronco e membros inferiores no GC (p = 0,017), para os demais instrumentos não teve diferença significativa nas análises intergrupos. Na análise intragrupo para o GI, constatou melhora no equilí­brio estático e dinâmico do tronco nas três subescalas da TCMS, equilí­brio estático sentado (p= 0,033), equilí­brio dinâmico sentado (p = 0,012) e reações de equilí­brio (p = 0,027), assim como para a pontuação total da escala (p = 0,012); no GMFM, o aumento da pontuação das dimensões D (p = 0,012) e E (p = 0,020), bem como a média das três dimensões (p = 0,012); na EMG observa-se melhora da ativação muscular para o músculo LD; melhora da dor (p = 0,026); ambos os grupos melhoraram significativamente (p = 0,012) a distância percorrida no TC6 e o tempo no TUG, GC (p = 0,017) e GI (p = 0,036). Conclusão: O protocolo de exercí­cios aquáticos apresentou benefí­cios para o controle de tronco de indiví­duos com PC diparética espástica classificados no ní­vel II ou III do GMFCS sendo efetivo na melhora das reações de equilí­brio e no equilí­brio dinâmico.Palavras-chave: paralisia cerebral, hidroterapia, tronco.

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De Araujo, L. B., Silva, T. de C., Oliveira, L. C., Tomasetto, L. C., Kanashiro, M. S., & Braga, D. M. (2018). Efeitos da fisioterapia aquática na função motora de indiví­duos com paralisia cerebral: ensaio clí­nico randomizado. Fisioterapia Brasil, 19(5), 613–623. https://doi.org/10.33233/fb.v19i5.2149

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