ABSTRACT Resistance has proven to be a hard concept to define. Debates about resistance in the sociological and sociolinguistic literature cover many aspects: from the degree to which resistance can be seen as related to established social groups (see Rampton 1996), to the level of agentivity and intention that is required for an action to be regarded as resistant, to the type of social behavior that qualifies. Thus, while some see resistance as based on actions, others see it as based on cultural appropriation (Hall & Jefferson 1976). In their comprehensive review of literature on the topic, Hollander & Einwohner (2004) conclude that resistance can be seen as consisting of action and opposition. In this paper, I analyze resistance from the point of view of opposition to ideas, social situations, institutional actions and processes that result or may result in discrimination or stereotyping of specific social groups, as negotiated in the digital sphere by migrant and non-migrant youth belonging to a school-based community. Indeed, it has been argued (Chiluwa 2012, Chibuwe & Ureke 2016) that digital environments constitute ideal arenas for the development of resistance thanks to their wide reach and their ability to mobilize people around common themes. However, much of the research in this area has targeted organized resistance fueled by political or ethnic groups. In this paper I argue that resistance is an emerging process that does not necessarily stem within political contexts or from open choice, but can develop within interactional exchanges focused on everyday life events. Thus, what I am interested in here is in how spontaneous acts and discourses of resistance emerge in the everyday exchanges of a diverse community that was not born around a particular social or political agenda. For this paper, I will examine exchanges that happen on the Facebook page of one of the members of the community. I will show how resistance takes many forms: from irony and jokes to the raising of serious topics, to the dissemination of information and through different discourse genres: from storytelling to the posting of pictures.RESUMO A resistência provou ser um conceito difícil de definir. Debates sobre resistência na literatura sociológica e sociolinguística abrangem muitos aspectos: desde o grau em que a resistência possa ser vista como relacionada a grupos sociais estabelecidos (ver Rampton 1996), até o nível de agentatividade e intenção que é necessário para que uma ação seja considerada resistente, ao tipo de comportamento social que se qualifica. Assim, enquanto alguns veem a resistência como baseada em ações, outros a veem como baseada na apropriação cultural (Hall & Jefferson 1976). Em sua revisão abrangente da literatura sobre o tema, Hollander & Einwohner (2004) concluem que a resistência pode ser vista como constituída por ação e oposição. Neste artigo, analiso a resistência do ponto de vista da oposição a ideias, situações sociais, ações institucionais e processos que resultem ou possam resultar em discriminação ou estereótipo de grupos sociais específicos, conforme negociado na esfera digital por jovens migrantes e não migrantes pertencentes a uma comunidade escolar. De fato, tem sido argumentado (Chiluwa 2012, Chibuwe & Ureke 2016) que os ambientes digitais constituem arenas ideais para o desenvolvimento da resistência graças ao seu amplo alcance e sua capacidade de mobilizar pessoas em torno de temas comuns. No entanto, grande parte das pesquisas nessa área tem como alvo a resistência organizada alimentada por grupos políticos ou étnicos. Neste artigo defendo que a resistência é um processo emergente que não necessariamente se baseia em contextos políticos ou de escolha aberta, mas pode se desenvolver dentro de trocas interacionais focadas em eventos cotidianos. Assim, o que me interessa aqui é como surgem atos espontâneos e discursos de resistência nas trocas cotidianas de uma comunidade diversificada que não nasceu em torno de uma determinada agenda social ou política. Para este artigo, examinarei as trocas que acontecem na página do Facebook de um dos membros da comunidade. Vou mostrar como a resistência toma muitas formas: da ironia e das piadas à criação de temas sérios, à disseminação de informações e através de diferentes gêneros de discurso: da narrativa à postagem de fotos.
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Fina, A. D. (2020). MIGRANT YOUTH PUSH BACK. VIRTUAL FRIENDSHIPS AND EVERYDAY RESISTANCE IN THE DIGITAL SPHERE. Trabalhos Em Linguística Aplicada, 59(3), 1833–1861. https://doi.org/10.1590/010318138362711120201106
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