Os recentes debates sobre o papel da Medicina na Sociedade, têm evidenciado uma grande complexidade na adequação das novas referências no Ensino Superior à formação dos futuros profissionais de saúde. O quadro internacional de referência da educação médica tem sido alvo, nos últimos anos, de uma (re)estruturação que se pretende compatibilizar com a evolução das tecnologias na área da saúde e com os novos referenciais de formação integral dos futuros profissionais, onde emerge a necessidade de abordagem da área das humanidades. Como paradigma de referência para a educação médica do século XXI é hoje amplamente adotado o modelo de competências. O modelo pedagógico deve ser inovador sendo: (a) inspirado no modo como trabalham os grupos de investigação; (b) fortemente assente em práticas de colaboração; (c) baseado na cultura profissional; (d) potenciado pela valorização das dimensões experienciais. Apresenta-se um cenário de novas estratégias educativas, a redefinição do perfil do docente e a nova revolução da Medicina, com a dualidade da tecnologia e das humanidades como um recurso atitudinal na educação profissional em saúde, para a aquisição de competências transversais e “transferíveis”, competências humanísticas, capacidade de autoconhecimento e competências de reflexão crítica e profissional.
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Ferreira, M. A. (2017). Educação Médica no Século XXI: O Desafio da Integração da Tecnologia e Humanidades. Gazeta Médica. https://doi.org/10.29315/gm.v3i4.42
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