O presente artigo questiona porque ensinávamos, ensinamos e ensinaremos a Sociologia na formação de estudantes do Ensino Médio. O tema é relevante diante das transformações subtrativas do peso da Sociologia no currículo. Para tanto, analisa, por meio de revisão bibliográfica, que não se pretende generalizante nem sistemática, os documentos legais que estruturam o currículo no Brasil, associando-os às leituras críticas da bibliografia especializada no tema. Dentre os achados mostra-se que as políticas públicas concebem o currículo como elemento sociocultural de natureza humanista, um conceito pedagógico que vai além de uma mera grade curricular. Assim, as políticas estruturam no currículo uma série de competências que giram em torno da disciplina de Sociologia e da socialização do estudante. Paralelamente, os especialistas no tema analisam o espaço da Sociologia no currículo e confirmam essa percepção de que o currículo embute uma formação para a cidadania, tendo a sua argumentação baseada na desejabilidade, utilidade e adequabilidade pedagógica da disciplina. Por fim, notou-se que BNCC gerou uma fragmentação na formação do estudante, que tende a ser explicada pela interposição de dinâmicas políticas.
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Soares Filho, M. L. V. (2023). Sociologia para quê? Devir Educação, 7(1). https://doi.org/10.30905/rde.v6i1.599
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