Estudamos o trabalho em saúde, com o objetivo de analisar as concepções de agentes sobre o sentido do trabalho em equipe multiprofissional e as evidência empíricas do caráter coletivo desse trabalho. Tomamos, como referencial teórico, os estudos do processo de trabalho em saúde e do agir comunicativo, buscando observar a dialética trabalho-interação no material empírico coletado. Realizamos a pesquisa de campo pela observação direta do cotidiano de trabalho em quatro situações distintas - enfernlaria clínica e unidade de terapia intensiva, hospitalares; ambulatório de especialidades gerais e ambulatório de saúde mental - e entrevistas com profissionais inseridos nas equipes de trabalho. Partindo da definição de uma tipologia que distingue equipe agrupamento e equipe integração, e analisando como se configuram os aspectos de complementaridade e interdependência dos trabalhos especializados, de articulação desses trabalhos, da autonomia técnica e da interação dos agentes, observamos que nas quatro situações estudadas os profissionais projetam a perspectiva da equipe integração, embora encontrem-se em situações de agrupamento, estando o ambulatório de saúde mental mais próximo do que denominamos equipe integração. O trabalho em equipe emerge como modalidade de trabalho coletivo que se configura na relação recíproca entre as intervenções técnicas e a interação dos agentes. No bojo da relação entre trabalho e interação os profissionais constroem consensos que configuram um projeto assistencial comum, em tomo do qual se dá a integração da equipe de trabalho Abstract
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Peduzzi, M. (2000). Equipe multiprofissional de saúde: a interface entre trabalho e interação. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 4(6), 151–151. https://doi.org/10.1590/s1414-32832000000100016
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