Esse artigo analisa os sentidos atribuídos por pais adotivos à construção de vínculos parento-filiais, ou seja, vinculações que pressupõem o sentimento de pertencimento a uma família. Apresentam-se as análises de uma pesquisa qualitativa, da qual participaram quatro pessoas (um pai e três mães) de diferentes famílias que realizaram adoção tardia e que residem na região da Grande Florianópolis (SC). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas. As narrativas escutadas foram analisadas tendo como referência teórico-metodológica a “análise de práticas discursivas e de produção de sentidos” de Spink e Medrado (2013). As análises indicaram alguns sentidos sobre a construção de vínculos parento-filiais em casos de adoção tardia, tais como: necessidade de construir uma adaptação para a criança que está sendo incluída na relação familiar; integração do passado da criança na dinâmica e na história da família atual; compreensão dos comportamentos aversivos da criança; promoção de sentimentos de pertencimento. Considera-se que a construção de vínculos parento-filiais é um indicativo do potencial sucesso da adoção; e que essa construção perpassa todo o processo, desde o período de decisão em adotar crianças até a consolidação dos vínculos parento-filiais na nova dinâmica familiar.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632019v28n63a04
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Fernandes, M. B., & Dos Santos, D. K. (2019). Sentidos atribuídos por pais adotivos acerca da adoção tardia e da construção de vínculos parento-filiais. Nova Perspectiva Sistêmica, 28(63), 67–88. https://doi.org/10.38034/nps.v28i63.433
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