A Psicologia é definida habitualmente como ciência do comportamento, mas necessita uma revisão de seus pressupostos. Há dificuldades na própria definição de comportamento e ela representa o predomínio das correntes neopositivistas e materialistas. Isto levou as disciplinas ou escolas psicológicas que tratavam a questão dentro do âmbito de uma psicologia introspectiva e subjetiva ou da alma a se afastarem, gerando vazios e contradições, presentes no campo teórico, profissional, acadêmico e de formação. Ao ignorar o enfoque da subjetividade, considerando a ciência positiva como a verdade da psique, ela tornou-se prisioneira do mito ou ideologia do cientificismo. Deve-se então recuperar o sentido da psicologia como estudo da alma ou da subjetividade, havendo necessidade de um discurso simbólico e subjetivo complementando o racional e objetivo. O termo ‘alma’ pode ser visto como uma metáfora da psique e os diversos discursos ou disciplinas psicológicas seriam explorações desta metáfora permitindo ampliar sua expressão e compreensão.
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Serbena, C. A., & Raffaelli, R. (2003). Psicologia como disciplina científica e discurso sobre a alma: problemas epistemológicos e ideológicos. Psicologia Em Estudo, 8(1). https://doi.org/10.1590/s1413-73722003000100005
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