se vem fazendo na Universidade de Brasília em termos de ecolinguística. Após refutar alguns mal-entendidos de que ela tem sido vítima, apresenta o que foi discutido durante o I Encontro Brasileiro de Ecolinguística (I EBE), seguido de um breve conspecto das principais áreas de investigação ecolinguística, mostrando que elas já são muitas. A seguir, vem uma detalhada apresentação da ‘linguística ecossistêmica’, vertente da ecolinguística praticada pela Escola Ecolinguística de Brasília. Ela não aplica conceitos ecológicos nos estudo dos fenômenos da linguagem como metáforas. Pelo contrário, considera a ecolinguística como um ramo da ecologia geral, a ecologia linguística, mais comumente chamada de ‘ecolinguística’. Um dos componentes centrais dessa visão da linguagem é a ‘ecologia da interação comunicativa’. É a partir dos ‘atos de interação’ que a compõem que emerge tudo na linguagem. Inclui o conceito de ‘comunhão’, derivado da ‘comunhão fática’ de Malinowski. Trata-se de uma espécie de solidariedade, de predisposição para a comunicação, que mantém a coesão tanto dos atores de um ato de interação comunicativa quanto do sistema como um todo. Finalmente, mostra que a ecolinguística não é apenas mais uma teoria linguística no mercado. Ela é um novo modo de se encararem os fenômenos da linguagem, holística, ecológica. Mantendo isso em mente, pode-se estudar qualquer fenômeno linguístico, inclusive gramaticais, ecolinguisticamente.
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Couto, H. H. do. (2013). O QUE VEM A SER ECOLINGUÍSTICA, AFINAL? Cadernos de Linguagem e Sociedade, 14(1), 275–312. https://doi.org/10.26512/les.v14i1.22250
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