OBJETIVOS: Identificar a freqüência de lesão renal aguda e comparar a aplicação da classificação AKIN com o uso isolado da creatinina sérica no pós-operatório de cirurgia cardíaca. MÉTODOS: Este estudo foi desenvolvido prospectivamente em um hospital de ensino e pesquisa especializado em cardiologia da rede pública do estado de São Paulo. Foram acompanhados 44 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca eletiva, desde o pós-operatório imediato até o 2º pós-operatório. RESULTADOS: Constatou-se que dos 44 pacientes, 75 por cento eram hipertensos, 27 por cento diabéticos e eram majoritariamente do sexo masculino (64 por cento), com média de idade de 55±16 anos. Observou-se que a idade avançada e o índice de massa corpórea elevado apresentaram correlação significativa para disfunção renal (p<0,05). De acordo com a classificação AKIN, o critério fluxo urinário identificou mais disfunção renal do que o critério creatinina. Foi verificado que a disfunção renal ocorreu com maior freqüência no 1º pós-operatório e na maioria (82 por cento) dos 63,6 por cento dos pacientes que foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes (75 por cento) evoluiu inicialmente com disfunção renal sinalizada principalmente pelo critério fluxo urinário da classificação AKIN, número bem superior ao revelado pela creatinina isoladamente. Tal fato confirma que a associação da creatinina sérica com o fluxo urinário tem um desempenho discriminatório superior para a identificação precoce dessa síndrome comparativamente com o rotineiro uso isolado da creatinina.
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Magro, M. C. da S., Franco, E. da S., Guimarães, D., Kajimoto, D., Gonçalves, M. A. B., & Vattimo, M. de F. F. (2009). Avaliação da função renal em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca: a classificação AKIN prediz disfunção renal aguda? Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 21(1). https://doi.org/10.1590/s0103-507x2009000100004
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