Estratégias de mobilização legal, com o uso do direito como recurso de interação social e política e como mecanismo para reivindicações legais, transformaram os interesses dos movimentos feministas em «questão de direitos» e contribuíram para a edição da Lei Maria da Penha (LMP). A compreensão dos usos do termo gênero nas práticas do sistema de justiça demonstra que novos e diferentes matizes são atribuídos ao conceito pelo direito. Observa-se, neste artigo, como o conceito de gênero, «emprestado» das ciências sociais, transita entre os discursos e as classificações dos operadores judiciais e como isso lhes confere o poder de constituir, marcar fronteiras e hierarquias nos debates sobre os conceitos de gênero no sistema de justiça.
CITATION STYLE
Sciammarella, A. P. de O., & Fragale Filho, R. (2015). (Des)constituindo gênero no poder judiciário. Ex Aequo - Revista Da Associação Portuguesa de Estudos Sobre as Mulheres, (31). https://doi.org/10.22355/exaequo.2015.31.04
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.