A língua é o vector identitário de uma comunidade. A partir dessa perspectiva, ela faz parte de um conjunto de pertencimentos sociais e constitui referência ao indivíduo no grupo social em que vive. No caso de Angola, cerca de 90% dos angolanos são de origem bantu e possuem esse pertencimento linguístico. No entanto, mesmo após a conquista da sua independência em 1975, Angola adoptou o português como língua oficial. Por isso, a escolarização é feita apenas em língua portuguesa, ou seja, o sistema de ensino é monolíngue. Em consonância com esse entendimento, neste estudo, foi necessário fazer um caracterização das línguas angolanas para, na sequência, fazer uma análise da variedade do português falado em Angola e em particular em alguns municípios da província do Uíge. Com a análise dos dados teóricos e dos empíricos, chegou-se à conclusão de que o uso e a prática das línguas nacionais em Angola são fundamentais para uma redefinição das políticas linguísticas no sistema Nacional de Educação.
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Ndombele, E. D. (2017). Reflexão sobre as Línguas Nacionais no Sistema de Educação em Angola. Revista Internacional Em Língua Portuguesa, (31), 71–89. https://doi.org/10.31492/2184-2043.rilp2017.31/pp.71-89
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