Dark Earths and manioc cultivation in Central Amazonia: a window on pre-Columbian agricultural systems?

  • Fraser J
  • Clement C
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Abstract

Many commentators highlight the fertility of Anthropogenic Dark Earths (ADE), emphasizing their potential for sustainable agriculture. Some scholars believe that terra mulata (the less fertile, more extensive form of ADE) was created by means of agricultural practices used by large settled populations of pre-Columbian farmers. But what was it that these Amerindian farmers were growing? Until recently, scholarly consensus held that manioc does not perform well on ADE. New research on the middle Madeira River is showing, however, that this consensus was premature. In this region, the most common crop in ADE fields is bitter manioc. Farmers there have various landraces of manioc that they believe yield particularly well on ADE, and logically plant more of these varieties on ADE. Aspects of the behaviour and perception of manioc cultivation among 52 farmers at the community of Barro Alto were measured quantitatively on four terra firme soil types (Terra Preta, Terra Mulata, Oxisols and Ultisols). These farmers plant different configurations of landraces in different soils, according to their perception of the suitability of particular landraces and their characteristics to certain soil types and successional processes. This, in turn, shapes selective pressures on these varieties, as new genetic material incorporated from volunteer seedlings is more likely to contain traits present in the most prevalent landrace(s) in each soil type. Owing to localized population pressure at Barro Alto, manioc is under more intensive cultivation systems, with shorter cropping periods (5-10 months) and shorter fallow periods (1-2 years). The outcome of these processes is different co-evolutionary dynamics on ADE as opposed to non-anthropogenic soils. Further anthropological study of manioc swiddening in one of the richest agricultural environments in Amazonia can fill a gap in the literature, thus opening an additional window on the pre-Columbian period.Muitos comentaristas realçam a fertilidade da Terra Preta de Índio (TPI), enfatizando seu potencial para uma agricultura sustentável. Alguns estudiosos acreditam que Terra Mulata (uma forma menos fértil, porém mais comum de TPI) foi criada por meio de práticas agrícolas usadas por grandes populações sedentárias na época pré-colombiana. Mas o que estes agricultores ameríndios cultivavam? Até recentemente, o consenso acadêmico era de que mandioca não se adaptava bem em TPI. Novas pesquisas no Médio Rio Madeira estão demostrando, porém, que este consenso era prematuro. Nesta região, a colheita mais comum em roças de TPI é mandioca amarga. Os agricultores têm diversas variedades crioulas (raças primitivas) de mandioca, que eles acreditam render especialmente bem em TPI e, logicamente, plantam mais destas variedades em TPI. Aspectos do comportamento e da percepção do cultivo de mandioca entre 52 agricultores da comunidade de Barro Alto foram observados quantitativamente em quatro tipos de solo da terra firme (Terra Preta, Terra Mulata, Latossolos e Argissolos). Esses agricultores plantam diferentes configurações de raças primitivas em diferentes ecótonos, de acordo com a percepção deles sobre o comportamento de cada raça primitiva e suas características em cada tipo de solo e situação da sucessão ecológica. Estas práticas, por sua vez, influenciam as pressões seletivas nessas raças, pois é mais provável que o material genético novo incorporado de mudas espontâneas contenha características presentes nas raças prevalentes em cada tipo de solo. Devido à pressão da população em Barro Alto, a mandioca é cultivada em sistemas mais intensivos, com períodos mais curtos entre plantio e colheita (5-10 meses) e períodos menores de pousio (1-2 anos). A conseqüência desses processos é uma dinâmica co-evolutiva em TPI, diferentemente de solos não-antrópicos. Mais estudos antropológicos do cultivo de mandioca em um dos ambientes agrícolas mais ricos da Amazônia podem encher essa lacuna na literatura, abrindo uma janela adicional sobre o período pré-colombiano.

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Fraser, J. A., & Clement, C. R. (2008). Dark Earths and manioc cultivation in Central Amazonia: a window on pre-Columbian agricultural systems? Boletim Do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 3(2), 175–194. https://doi.org/10.1590/s1981-81222008000200004

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