Este estudo teve como objetivo abordar os principais aspectos relacionados à incontinência urinária (IU) em idosos institucionalizados no Brasil, por meio de revisão integrativa de literatura. Em agosto de 2013, foram pesquisadas as bases de dados PubMed, Scopus, LILACS, SciELO, PAHO, MedCarib, CAPES e Google Acadêmico, utilizando combinações dos termos "incontinência urinária", "idosos", "institucionalizados" e "Brasil". Após aplicação dos critérios de elegibilidade, selecionaram-se 11 trabalhos: nove artigos científicos e duas dissertações de mestrado. A maior parte dos estudos foi do tipo seccional, realizado na Região Sul ou Sudeste, e com amostra menor que 100 indivíduos. A frequência da IU variou entre 22 e 100%, ultrapassando 50% na maior parte das pesquisas, com acometimento maior no sexo feminino. A forma clínica mais comum foi a IU de esforço, seguida pela IU de urgência, e o volume das perdas urinárias referido pelos residentes variou entre pequena e grande quantidade, sem predominância de nenhuma das categorias. O impacto da condição na qualidade de vida do indivíduo é diverso, entre leve e elevado, mas parece ser menor que em idosos não institucionalizados. Com base neste trabalho, conclui-se que a IU é um problema de saúde frequente no âmbito asilar, que pode afetar a qualidade de vida do residente e se associar ao declínio da mobilidade e à função cognitiva. As pesquisas no Brasil, contudo, são escassas e com amostra reduzida e, portanto, são necessários estudos com maior rigor metodológico que facilitem o planejamento de medidas adequadas de prevenção e tratamento, que visem reduzir os gastos sanitários, a sobrecarga dos cuidadores e profissionais de saúde e que permitam diminuir o impacto desta condição na saúde dos idosos institucionalizados.This study aimed to investigate the main aspects related to urinary incontinence (UI) in institutionalized elderly in Brazil, through an integrative literature review. In August 2013, the following databases were accessed: PubMed, LILACS, SciELO, PAHO, MedCarib, CAPES and Scholar Google, searching for combinations of the terms "urinary incontinence", "elderly", "institutionalized" and "Brazil". After application of eligibility criteria, ten studies were selected: eight scientific studies and two MSc dissertations. Most studies were sectional, carried out in the Southern or Southeastern regions f Brazil, using samples of less than 100 individuals. UI frequency ranged from 22 to 100%, being over than 50% in most studies, being female gender the most affected. The most common clinical form was stress incontinence, followed by urge incontinence, and the volume of losses referred by residents varied between small and large quantities, without predominance of any category. The impact on quality of life conditions of the individual is generally high or moderate, however is lower in non-institutionalized elderly. This study concluded that UI is a common health condition found in the nursing home environment, affecting the quality of life of the resident and can be associated with a decline in mobility and cognitive function. However, Brazilian research on this subject is still limited with reduced sampling, so higher degree of methodological strictness is required in future studies to facilitate planning prevention and treatment measures. Appropriate planning will reduce sanitary costs and the workload of caregivers and health professionals, as well as the impact of this condition on the health of the institutionalized elderly.
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Jerez-Roig, J., Souza, D. L. B. de, & Lima, K. C. (2013). Incontinência urinária em idosos institucionalizados no Brasil: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 16(4), 865–879. https://doi.org/10.1590/s1809-98232013000400020
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