Espiritualidade e qualidade de vida em médicos que convivem com a finitude da vida

  • Plauto M
  • Cavalcanti C
  • Jordán A
  • et al.
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Abstract

Abstract: Introduction: In the medical field there are still gaps regarding the concept of death and the finitude of life, very often understood as a failure of Medicine and not as an integral part of existence. In this context, the view of death as an error, the failure of a treatment, generates anxiety and demands by doctors themselves, which can affect their physical, mental and spiritual health. Objective: To analyze the relationship between spirituality, religious practices, and quality of life of medical professionals in the field of oncology and palliative care who deal with the finitude of life on a daily basis in a reference hospital in northeastern Brazil. Method: Cross-sectional, analytical and quantitative study with an intentional and convenience sample. Questionnaires were applied to describe the sociodemographic profile, quality of life (WHOQOL - bref) and spirituality using the Brief Religious/Spiritual Coping Scale (Brief RCOPE) and the Spirituality Self Rating Scale (SSRS). Data analysis used the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), version 13.0 for Windows. The study was approved by the REC of IMIP under Opinion 2,890,118. Result: Twenty oncologists and palliative care physicians participated in the study; most were women (55%), of white ethnicity (60%), Catholic (80%) and married (70%). The SSRS scale identified an average score of 21.75. In the Brief RCOPE, the positive aspect scored 2.64, the negative aspect 1.47, and the total aspect 2.04. There was a significant positive association between the SSRS and RCOP results (p=0.0). When associating WHOQOL - bref with Brief RCOPE, a direct relationship with statistical significance of the psychological domain was obtained with total RCOP (p-value: 0.01) and with negative RCOP (p-value: 0.03). Conclusion: The study showed a relationship between spirituality and quality of life, as well as positive aspects of faith for coping with everyday stress, corroborating the discussion of the importance of including spirituality as a protective factor in health.Resumo: Introdução: Na área médica, ainda existem lacunas no que tange à concepção de morte e à finitude da vida, muitas vezes entendida como falha da medicina e não como parte integrante da existência. Nesse contexto, a visão da morte como um erro, um insucesso de um tratamento, gera ansiedade e cobrança por parte dos próprios médicos, podendo afetar sua saúde física, mental e espiritual. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar a relação entre espiritualidade, práticas religiosas e qualidade de vida de profissionais médicos da área de oncologia e cuidados paliativos que convivem diariamente com a finitude da vida em hospital de referência do Nordeste brasileiro. Método: Trata-se de um estudo transversal, analítico e quantitativo com amostra intencional e por conveniência. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário sociodemográfico, e adotaram-se os seguintes instrumentos: World Health Organization Quality of Life-bref (WHOQOL-bref), Escala de Coping (Enfrentamento) Religioso-Espiritual Abreviada (CRE-Breve) e Spirituality Self Rating Scale (SSRS). A análise dos dados utilizou o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 13.0 para Windows. O estudo foi aprovado pelo CEP do IMIP sob o Parecer nº 2.890.118. Resultado: Participaram do estudo 20 médicos oncologistas e paliativistas: a maioria sendo mulheres (55%), brancos (60%), católicos (80%) e casados (70%). A SSRS identificou um escore médio de 21,75. Na Escala CRE-Breve, o aspecto positivo ficou com pontuação de 2,64, o aspecto negativo em 1,47 e o aspecto total com 2,04. Houve associação positiva significativa entre os resultados da SSRS e CRE (p = 0,0). Quando se associou a WHOQOL-bref com a CRE-Breve, foi obtida relação direta com significância estatística do domínio psicológico com CRE total (p-valor: 0,01) e com o CRE negativo (p-valor: 0,03). Conclusão: O estudo apontou uma relação entre a espiritualidade e a qualidade de vida, assim como aspectos positivos da fé para o enfrentamento do estresse cotidiano, corroborando com a discussão da importância de incluir a espiritualidade como fator protetor na saúde.

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Plauto, M. S. e B. de C., Cavalcanti, C. C. F., Jordán, A. de P. W., & Barbosa, L. N. F. (2022). Espiritualidade e qualidade de vida em médicos que convivem com a finitude da vida. Revista Brasileira de Educação Médica, 46(1). https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.1-20210322.ing

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