Comensais humanos não são mais considerados como espectadores passivos ou passageiros temporários, mas cada vez mais como participantes ativos e essenciais no desenvolvimento e manutenção da função de barreira e da tolerância imunológica. Uma redução súbita na abundância e/ou na diversidade desses micro-organismos, outrora ubíquos, pode ter levado a falhas em regular e restaurar respostas imunes e inflamatórias apropriadas. Evidências indicam que alterações na microbiota nativa se correlacionam com doenças inflamatórias, e sabe-se que inflamação é aspecto fundamental de condições clínicas como asma e doenças alérgicas, doenças autoimunes e muitas formas de câncer. Este artigo de revisão focaliza na nova "hipótese da biodiversidade", que pode ser considerada como uma extensão da hipótese da higiene e privação microbiana, ou hipótese da microbiota. Segundo a mesma, o crescimento populacional (urbanização) leva à perda da biodiversidade (macrobiota/microbiota pobre), microbiota humana pobre (disbiose), disfunção imune (baixa tolerância), inflamação e, finalmente, à doença clínica.
CITATION STYLE
Haahtela, T., von Hertzen, L., & Hanski, I. (2013). Biodiversity hypothesis explaining the rise of chronic inflammatory disorders - allergy and asthma among them - in urbanized populations? Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI), 1(1), 5–7. https://doi.org/10.5935/2318-5015.20130003
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.