O câncer cervical é a quarta neoplasia mais diagnosticada em mulheres no mundo e a terceira no Brasil. A principal abordagem para conter seu avanço é o rastreamento pelo exame citológico. Para melhorar o desempenho desse teste, estudos vêm demonstrando o potencial de biomarcadores moleculares, principalmente aqueles envolvidos na regulação do ciclo celular. A detecção dessas moléculas por técnicas como a imunocitoquímica apresenta boa correlação com o grau de lesão intraepitelial e diminui a variabilidade interobservador. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi avaliar evidências científicas da eficiência dos marcadores p16INK4A, Ki-67, TopIIα e MCM2 em pacientes com anormalidades cervicais e/ou positivas para o DNA do HPV. Para a realização desta revisão sistemática da literatura, no período de maio e junho de 2015, buscaram-se artigos nas principais bases de dados com os descritores “biomarkers”, “molecular marker” e “cervical dysplasias”. Incluíram-se artigos originais publicados na última década (2004-2015). Foram selecionados 15 artigos que contemplaram os critérios. Observou-se que o índice de positividade dos quatro marcadores se correlaciona com a gravidade da lesão. Eles demonstram potencial para a identificação de lesões intraepiteliais de alto grau implícitas. A coloração imunocitoquímica para detecção dessas moléculas ajuda na localização de células potencialmente anormais e contribui para a identificação de mulheres com maior probabilidade de desenvolver o câncer cervical, melhorando a sensibilidade do exame citológico.
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Crisóstomo, C. de A., Melo-Júnior, M. R. de, & Medeiros, A. L. P. B. de. (2016). Marcadores Moleculares como Ferramenta Auxiliar no Diagnóstico Citológico de Anormalidades Cervicais. Saúde e Pesquisa, 9(1), 163. https://doi.org/10.17765/1983-1870.2016v9n1p163-172
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