O presente trabalho tem como objetivo compreender se há uma política pública cicloviária em Maringá e se esta promove o direito à cidade e à mobilidade daqueles que se locomovem de bicicleta pela cidade. Para tanto, fez-se necessário compreender os processos decisórios de atores políticos nas arenas de discussão sobre o tema da mobilidade urbana maringaense bem como de que maneira se implementaram os projetos cicloviários existentes na cidade. A pesquisa, de cunho qualitativo, construiu-se a partir de análise de documentos públicos e noticiários, bem como de uma revisão da literatura da área em conjunto com produções acadêmicas de áreas distintas. Pôde-se concluir que a cidade não possui uma política pública cicloviária, uma vez que seus projetos foram constituídos de maneira esparsa em distintas gestões, atendendo à interesses específicos e para a obtenção de recursos da esfera federal. Conclui-se também que a ausência de uma política de mobilidade urbana e, mais especificamente , cicloviária, inibe o acesso à cidade e à mobilidade por parte dos ciclistas que se locomovem no meio urbano diariamente, uma vez que Maringá se estabelece como a cidade com a maior taxa de acidentes envolvendo vítimas dos dez maiores municípios do Paraná.
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Monteiro, F. V., Dos Santos, L., & Paulo, C. F. de O. (2023). Direito à cidade e mobilidade urbana: a bicicleta na cidade do automóvel. Revista de Gestão e Secretariado (Management and Administrative Professional Review), 14(2), 2302–2321. https://doi.org/10.7769/gesec.v14i2.1711
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