Este artigo tem como objetivo problematizar a categoria da transexualidade, a qual surge impulsionada pelos campos de saber-poder das ciências psiquiátricas e psicológicas. Trata-se de um recorte de nossa pesquisa de doutorado, intitulada Pedagogias de gêneros em narrativas sobre transmasculinidades, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Educação/PPGE da Universidade Federal de São Carlos/ UFSCar. O objetivo central da pesquisa se estruturou na análise da categoria e experiências das transmasculinidades, nesse sentido, antes de analisarmos tal categoria, retomamos o percurso da produção da transexualidade. Especificamente, nos debruçamos a explorar o conceito de transexualidade enquanto um dispositivo tecnológico biopolítico, engendrado pela maquinaria do sistema patriarcal e heterossexual. Compreendemos ser fundamental que educadoras e educadores busquem problematizar o viés de produção das diferenças sexuais e de gênero, a exemplo da transexualidade, a fim de ampliar a possibilidade de exercerem práticas educativas plurais e não discriminatórias. Concluímos que as bases que estabelecem a categoria da transexualidade são invenções políticas, discursivas, históricas, culturais e sociais, realizadas intencionalmente por campos de saber específicos, os quais buscam manter o sistema patriarcal/heterocentrado.
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Pamplona, R. S., & Dinis, N. F. (2017). A TRANSEXUALIDADE EM QUESTÃO: problematizações nos contextos educacionais. Itinerarius Reflectionis, 13(2), 01. https://doi.org/10.5216/rir.v13i2.48690
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