O trabalho teve como questão norteadora: como é a atuação dos enfermeiros na identificação e notificação dos casos de violência contra a mulher nas Unidades de Pronto Atendimento? Assim, objetivou compreender a atuação destes profissionais na identificação e notificação dos casos de violência contra a mulher nessa modalidade de atendimento do Sistema Único de Saúde. Pesquisa qualitativa, realizada em 2014. Os sujeitos foram dez enfermeiros, sendo a amostra escolhida por conveniência e por critérios que englobaram o objetivo do estudo: pertencimento ao quadro funcional da UPA e atuação em gerência e/ou na assistência aos usuários. Utilizou-se entrevista semiestruturada, com questões que abordaram: a identificação dos tipos de violência mais frequente no serviço e o papel do enfermeiro na notificação, bem como a dificuldade para efetuá-la. A análise se deu de acordo com a análise do conteúdo de Bardin. Os tipos de violências mais comuns, dentificados pelos enfermeiros entrevistados, foram a psicológica e a física. O processo de identificação e notificação dos casos de violência contra a mulher esbarra na falta de preparo e o receio dos enfermeiros se envolverem no caso. Os mesmos confundem o ato de notificar com denúncia e criminalização, contribuindo para a invisibilidade do problema. É preciso capacitação, reflexão e suporte aos enfermeiros para que se sintam aptos e seguros a trabalhar com a problemática, uma vez que este tem um papel crucial na detecção de casos de violência contra a mulher nos serviços de saúde.
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Freitas, R. J. M. de, Sousa, V. B. de, Costa, T. da S. C. e, Feitosa, R. M. M., Monteiro, A. R. M., & Moura, N. A. de. (2018). Atuação dos enfermeiros na identificação e notificação dos casos de violência contra a mulher. HU Revista, 43(2), 91–97. https://doi.org/10.34019/1982-8047.2017.v43.2585
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