A indústria de papel e papelão é geradora de resíduos sólidos que demandam correto tratamento e disposição. O trabalho teve por objetivo caracterizar a composição de resíduos de duas empresas de papelão de Santa Catarina e avaliar sua ecotoxicidade. A caracterização foi feita com a determinação da umidade, cinzas e celulose. A ecotoxicidade foi avaliada com ensaios de fuga com minhocas (Eisenia andrei), ensaios de reprodução com colêmbolos (Folsomia candida) e com um teste de germinação e crescimento de raízes de alface (Lactuca sativa). Para as avaliações dos ensaios de toxicidade utilizou-se a ANOVA seguida dos testes de Tukey e/ou Dunnet e o teste exato de Fisher todos à p<0,05. Os Resíduos 1 e 2 apresentaram umidade de 87,23 e 60,80%, cinzas 11,18 e 55,12% e celulose 59,34 e 66,78%, respectivamente. Os ensaios de fuga e de reprodução não indicaram ecotoxicidade dos resíduos estudados para minhocas e colêmbolos quando comparados ao solo de plantio de pinus. Em relação ao crescimento de raízes, o Resíduo 1 apresentou toxicidade para as concentrações de 100, 75 e 50% do seu elutriato. Os resultados indicaram que os resíduos possuem características químicas, físicas e ecotoxicológicas que podem ser restritivas quanto a sua aplicação em solos agrícolas.
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Silva, N. da, Niemeyer, J. C., & Stolberg, J. (2020). Caracterização e avaliação preliminar da ecotoxicidade de resíduo de indústrias de papelão. Revista de Ciências Agroveterinárias, 19(1), 122–131. https://doi.org/10.5965/223811711912020122
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