Este artigo traz um recorte da pesquisa de doutorado em Educação Científica, no qual se buscou construir um conjunto de práticas que subsidiem o combate ao preconceito racial em aulas de ciências. Tais pontos são resultado de um movimento de diálogo entre o levantamento de experiências de etnias, aldeias e escolas indígenas, movimentos de educação antirracista e pedagogias decoloniais, além de estudo bibliográfico acerca da temática. O artigo tem como principal discussão teórica a decolonialidade do currículo, alicerçando aspectos que vão desde a consciência da existência do preconceito nos indivíduos e na sociedade; passam pelo combate contra a discriminação; por uma auto-socio-crítica do mundo moderno atual; e chegam até as novas proposições, reinvenções e reativações de práticas e conhecimentos originários. Resultam deste processo 36 pontos a serem observados e discutidos por professores e professoras de Ciências Naturais a fim de combater e minimizar preconceitos em sala de aula. Sob estas perspectivas, atuar contra o preconceito e a discriminação em sala de aula tem como máxima “desaprender para aprender”, praticada em perspectivas individuais e sociais. O estudo também favoreceu a percepção indispensável de revisão sobre o papel e o significado da natureza, à luz de saberes e proposituras educacionais decoloniais.
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Machado, V. F., & Coppe, C. (2022). Educação Científica contra o Preconceito: da Natureza às Multinaturezas. Revista Brasileira de Pesquisa Em Educação Em Ciências, e32489. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2022u119141
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