A SITUAÇÃO DAS ÁREAS DE ENDEMISMO DA AMAZÔNIA COM RELAÇÃO AO DESMATAMENTO E ÀS ÁREAS PROTEGIDAS

  • Braz L
  • Pereira J
  • Ferreira L
  • et al.
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Abstract

O desmatamento da Amazônia acelerou-se a partir da década de 1970. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) monitora o desmatamento desde 1988. O total desmatado na Amazônia alcançou em 2011 743 mil km² (19% da área), concentrando-se nas proximidades das estradas. A criação de Unidades de Conservação (UCs) e a delimitação de Terras Indígenas (TIs) têm-se mostrado ações eficientes na prevenção do desmatamento. Para a Amazônia são reconhecidas oito áreas principais de endemismo: Belém, Xingu, Tapajós, Rondônia, Inambari, Napo, Imeri e Guiana. As áreas de endemismo têm sido usadas como critério na escolha de áreas para conservação. Este trabalho tem como objetivo avaliar a situação das áreas de endemismo da Amazônia com relação ao desmatamento e às áreas protegidas (UCs/TIs). Neste trabalho foram utilizados os seguintes dados: desmatamento de 2012, os limites das áreas de endemismo da Amazônia, e os limites das unidades de conservação e terras indígenas. Foi observado que as áreas de endemismo mais desmatadas são as mais próximas aos centros de ocupação (Belém 62,20% e Xingu 39,51%), enquanto que as menos desmatadas são as mais isoladas (Imeri 1,15% e Napo 0,69%). Observou-se também que, apesar das restrições, 7,5% do desmatamento ocorreu em áreas protegidas. A distribuição das categorias de área, considerando apenas duas classes (sem restrição e com restrição - UCs/TIs), resultou na agregação das áreas de endemismo em: predominantemente sem restrição (Belém, Xingu e Rondônia), equitativo (Tapajós, Inambari e Napo) e predominantemente com restrição (Guiana e Imeri). Com relação ao desmatamento nas áreas protegidas, as áreas de endemismo foram classificadas em: tolerável (Xingu e Rondônia), atenção (Tapajós, Inambari e Guiana), preocupante (Belém) e anômalo (Napo e Imeri). As áreas de endemismo que se encontram em situações mais preocupantes são Belém e Xingu, pois estão mais desmatadas e tem menos de áreas com restrição de uso.

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Braz, L. C., Pereira, J. L. G., Ferreira, L. V., & Thalês, M. C. (2017). A SITUAÇÃO DAS ÁREAS DE ENDEMISMO DA AMAZÔNIA COM RELAÇÃO AO DESMATAMENTO E ÀS ÁREAS PROTEGIDAS. Boletim de Geografia, 34(3), 45. https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v34i3.30294

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