As marcas sociais são deixadas na memória e evocadas nas situações cotidianas onde se apresentam na forma do habitus em diversas reações que são convocadas pelo campo profissional. Essas disposições duráveis são fruto de um conjunto de experiências vividas na trajetória histórica de cada sujeito e que é feita corpo, mente e gosto. Ao escolher tornar-se professor de ciências ou lecionar ciências, memórias positivas e negativas foram, de certo modo, trazidas em jogo para a escolha da profissão e a disposição futura do sentido de ensinar. O que pretende esse trabalho é recuperar os aspectos sociais que marcaram um conjunto de 136 professores de ciências da escola básica (fundamental e média) em sua trajetória histórica. Com tal debate, objetiva-se iniciar uma reflexão sobre as lembranças que podem estar influenciando as percepções de ensinar ciências e o sentido da escola por esses profissionais e que estão sendo negociadas implicitamente com alunos, no caso estudado, das escolas públicas.
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Watanabe, G., & Gurgel, I. (2017). AS MARCAS SOCIAIS DEIXADAS PELAS ESCOLAS EM NOSSOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS: A QUESTÃO DA VIOLÊNCIA SIMBÓLICA. Revista Contexto & Educação, 31(99), 116. https://doi.org/10.21527/2179-1309.2016.99.116-148
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