Sobre os ciborgues como figuras de borda

  • Galindo D
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Resumen Nessa apresentação, propomos uma reflexão sobre a agência de objetos compreendidos como partícipes e produtos de redes heterogêneas. O que chamamos de objetos não apresenta uma ontologia diferente do que chamamos de pessoas -ambos resultam de processos de estabilização que atribuem intencionalidade aos humanos e instrumentalidade às coisas (Latour, 1994). Note-se que compreender a ação das coisas ou objetos não implica em propor uma espécie de animismo que atribua intencionalidade às coisas (Tirado, 2000), nem a negação de intencionalidade às pessoas. A ação é propriedade de um coletivo no qual alguns entes adquirem propriedades estáveis em determinadas circunstâncias nas quais agem. Incorporar a ação de entes aos quais não é conferida humanidade – os objetos -constitui desafio que, ao lado de outros autores, nos propomos a enfrentar a partir da análise de situações ocorridas em diferentes contextos: artístico (Gullar, 1966; Oiticcica, 1968), científico (Mol, A., 2000) e ecológico (Tirado et al, 2003). Palabras clave: construcionismo; práticas discursivas; materialidades; agências; objetos " Neo: Porque meus olhos doem? Morfeus: porque você nunca os usou Extrato de diálogo retirado do filme Matrix na versão legendada para português No contexto dos estudos da ciência, a figura dos ciborgues tal como proposta por Donna Haraway no texto Manifiesto para Cyborgs 1 é freqüentemente mencionada como possibilidade de superação das dicotomias homem-máquina; organismo-máquina e para questionar a naturalidade das categorias gênero e sexo. Em meu próprio percurso, a leitura desse texto foi fundamental pelo caminho não dicotômico de reflexão adotado pela autora. Na apresentação de hoje, me concentrarei na reflexão acerca da figura dos ciborgues no contexto contemporâneo marcado pelo surgimento de um genosticismo tecnológico e, em seguida, deslocarei a mesma metáfora para o contexto da sociabilidade com objetos, fazendo diálogo, sobretudo, com a contribuição de Francisco Tirado. O texto resulta de uma reflexão breve sobre um certo modo de constituição de tecido social contemporâneo que questiona as fronteiras entre o discurso, o técnico, o maquínico, o social; onde se

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Galindo, D. (2003). Sobre os ciborgues como figuras de borda. Athenea Digital. Revista de Pensamiento e Investigación Social, 1(4). https://doi.org/10.5565/rev/athenead/v1n4.97

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