Desde as reformas curriculares da década de 1980 vem se discutindo a necessidade de uma nova cultura de aula que possibilite os processos de significação matemática, rompendo com práticas centradas apenas em procedimentos algorítmicos e mecanizados. Os processos de comunicação vêm se impondo como condição necessária para a aprendizagem matemática. Nos últimos anos, várias pesquisas foram desenvolvidas tomando os processos de escrita como uma das formas de comunicação entre os alunos e entre estes e os professores. No entanto, pouco se tem discutido sobre a importância da oralidade nas aulas de matemática. O presente artigo se propõe a discutir a constituição de um ambiente de aprendizagem que proporcione a oralidade nas aulas de matemática como forma de desenvolver a argumentação nos alunos e possibilitar o movimento de elaboração conceitual. Parte-se de pressupostos vigotskianos e bakhtinianos para a construção de um quadro teórico que dê sustentação aos processos de comunicação e significação em sala de aula. Tais pressupostos norteiam a análise de dois episódios em sala de aula com alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, de escolas públicas paulistas. Nesses episódios evidenciam-se como a interação verbal e a mediação pedagógica possibilitam modos de argumentação e a circulação de significações matemáticas. Palavras-chave: Comunicação; Interação verbal; Mediação pedagógica; Matemática nos anos iniciais.
CITATION STYLE
Nacarato, A. M. (2012). A COMUNICAÇÃO ORAL NAS AULAS DE MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. Revista Eletrônica de Educação, 6(1), 9–26. https://doi.org/10.14244/19827199410
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.