Este trabalho objetivou desenvolver um compósito a base de celulose, melamina e sílica. A celulose foi obtida dos resíduos de poda da Mangifera indica para o tratamento primário quimicamente assistido de efluentes da indústria têxtil. O compósito foi caracterizado por FT-IR, MEV, MET, TG-DTG e Potencial Zeta. O planejamento composto central foi aplicado para otimização da massa de compósito e tempo de contato na remoção de azul de metileno. O FT-IR mostrou que o compósito apresentou a banda para a melamina em 815 cm-1. O MEV e MET revelaram que na superfície do compósito há Nitrogênio da melamina, Silício e Sódio oriundos do catalisador. O TG-DTG mostrou que o compósito é termicamente mais estável que a celulose, com 65% de degradação. Pelo potencial zeta, valores de pH acima de 5 propiciam maior estabilização e incremento do caráter aniônico do compósito. Escolheu-se como a melhor condição para a aplicação 60 mg de compósito e 30 minutos de tempo de contato, com remoção de 88,6 ± 3,5% do azul de metileno. O estudo do pH revelou que acima de 5, o compósito é mais eficiente. O processo de adsorção do corante pelo material apresentou-se coerente ao modelo de Langmuir (R2 = 0,9921). Assim, o compósito de celulose-melamina-sílica desenvolvido foi eficaz na remoção do corante azul de metileno, apresentando-se como um material de baixo custo, biodegradável e eficiente, com potencialidades para a aplicação no tratamento dos efluentes da indústria têxtil.
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Mesquita Júnior, J. S. de, Figueiredo, F. C., Santos, E. C. dos, Silva, D. S. N., & Santos Júnior, J. R. dos. (2021). Celulose (Mangifera indica) modificada por melamina-sílica aplicada no tratamento de efluentes com precipitação quimicamente assistida. Research, Society and Development, 10(6), e3710615331. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15331
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